terça-feira, 18 de setembro de 2007

Responsabilidade sócio-ambiental em Publicidade e Propaganda















Os meios de comunicação de massa têm um imenso poder de divulgação e formação de opiniões. Adotar o conceito de responsabilidade sócio-ambiental é trazer às pessoas a vontade de participar e se engajar de forma ativa à uma das diversas ações de responsabilidade com a natureza e seus recursos naturais.

Estas ações geram inúmeros benefícios, não só para as organizações como também para as comunidades.

As empresas hoje necessitam de uma maior exposição ao mercado ativo, com as famosas ações de sustentabilidade, porém não são todas as empresas que levantam a bandeira do comprometimento, elas apenas se beneficiam, mas o caráter ético e de cidadania se esconde por trás de uma cortina de projetos irreais.

Sustentabilidade e as novas tecnologias




















As empresas precisam se tornar ambientalmente responsáveis para permanecerem no mercado, ou seja, o meio ambiente é, além de fornecedor, um cliente. É importante ressaltar que tanto o lixo quanto a poluição, ambos não desaparecem do planeta, mas podem não só mudar de forma quanto de lugar.

As tecnologias de reciclagem são as “ações do momento” para a sustentabilidade do planeta, pois acabam transformando um material já utilizado por um outro sem inviabilizar os recursos naturais.







O Biodisel é outra tecnologia a ser citada com destaque.

Sustentabilidade




















Está associada à necessidade de preservar os recursos ambientais, desenvolvendo ações e processos capazes de atender às necessidades da geração atual sem comprometer os recursos necessários para a satisfação das necessidades das gerações futuras.

As práticas desses projetos estão ligadas às ações sociais complexas. Nessas ações, as questões de sustentabilidade aparece como equilíbrio, mantida à longo tempo, favorecerá a vida daquela determinada comunidade e com isso a empresa assumirá de forma ética e responsável um compromisso com as pessoas (sociedade) com o meio ambiente e com a sustentabilidade do planeta.

Por diversas causas, às ações sociais e de sustentabilidade, sofrem, reconhecidamente, pela falta de continuidade, o que já dificulta a identificação de experiências ou mecanismos de sustentabilidade. A falta de parcerias e apoio, prejudica os processos de ações sociais, o que acaba refletindo na sociedade de um modo geral, nas comunidades e no crescimento humanitário das organizações.

Superação do velho paradigma















Os primeiros passos para superar o antigo modelo é a educação, conscientização e o desenvolvimento sustentável.

Suprir as necessidade gerais do país é de certa forma estabelecer uma nova realidade e perspectiva à sociedade.

Realizar de forma consciente a distribuição de renda/ trabalho, implementar novas políticas mundiais como por exemplo, o Protocolo de Kyoto, buscar novas formas de energias alternativas, respeitar as diferenças culturais e o ser humano, são algumas medidas que estão sendo implantadas à nova necessidade da sociedade, mesmo que ainda em ritmos lentos, mas que, se houver a contribuição de cada um, chegará ao seu objetivo.









A superação de uma cultura de desigualdades pode ser alcançada, desde que, para isso, todos se unam em prol de um objetivo maior, o bem-estar de todos.

Dilemas da atualidade













Os problemas e dilemas são os mesmos há vários anos, porém a tendência é piorar cada vez mais, pois não há um controle efetivo da natalidade, o que cada vez mais torna o planeta mais populoso e sem recursos naturais e de desenvolvimento social para suprir as necessidades de todos.

A pobreza, a falta de atendimento médico, educação, comida, segurança, são tópicos já discutidos à muitos anos, porém nunca se fez nada e quando faz não é satisfatório às atuais necessidades da humanidade.

Velho Paradigmas














Vivemos uma época de quebra dos velhos paradigmas. Acreditar que nosso planeta é uma eterna fonte de vida foi um erro, pelo qual as futuras gerações pagarão.


Mas há um despertar lento e ambíguo das organizações para a mudanças dos paradigmas impostos pelo capitalismo. Uma busca por algo maior, que torne sustentável nossa sobrevivência nesse planeta, que possa efetivamente torná-lo habitável nos próximos séculos.


As organizações e as pessoas que dela fazem parte começam a descobrir que é possível viver e “ganhar a vida” mesmo reduzindo a emissão de gases poluentes na atmosfera, ainda que evitemos o desperdício de água e preservemos as matas.


Que não seja tarde demais, que ainda seja possível recuperar o tempo perdido pela corrida industrial e pelo nosso descaso.


Que ainda haja tempo para reciclar o planeta em que vivemos!

Os modelos: operacional, reativo e parentético segundo Guerreiro Ramos















Guerreiro Ramos dividiu em três os tipos de Homem e as formas como o ser humano se comporta no mundo organizacional.

1)Homem Operacional:

É a visão de um homem calculista, em busca de recompensas materiais e econômicos, pode ser moldado através de treinamento por não possuir preocupação ética, é visto como um recurso a ser maximizado.

Homem Reativo: Alternativa ao Homem Operacional criada pela Escola de Relações Humanas. Têm uma larga visão sobre a natureza da motivação humana, movido por sentimentos, emoções e passivo a motivações.

Homem Parentético: (adjetivo “parentético” deriva da noção de Husserl de “suspensão”, de estar “entre parênteses”)

Dotado alta capacidade crítica, reflexiva e de auto-conhecimento.

As 4 dimensões de Frank Navram relacionadas a cultura ética nas organizações














Frank Navran desenvolveu modelos para superação de bloqueios de criatividade para serem aplicados em organizações e que servem para melhorar sua vida pessoal e profissional. Resumidamente os modelos são os seguintes:

Parede de Alvenaria: Há coisas no mundo real que inibem nossa criatividade e desempenho e que não são fáceis de mudar: a estrutura da empresa, falta de dinheiro, pressão no trabalho, crises econômicas. São fatores que afetam o desempenho mas que estão fora do nosso controle. São como paredes de alvenaria: reais e inamovíveis.

Divisória: São obstáculos que podem ser administrados mediante esforço, tempo, dinheiro, pessoal adicional e outros recursos. Sozinho é possível fazer algum progresso para superar estes inibidores de desempenho e criatividade. Um pequeno grupo de pessoas pode obter um pouco mais de progresso.

E, mais importante, pode ser administrado ou superado totalmente com o envolvimento dos líderes.

Pode ser comparado com uma divisória: se empurrada pela base pode ser movida um pouco, mas se empurrada num nível mais alto pode ser derrubada. Precisamos de ajuda para remover estes obstáculos.

Papel de Parede: São obstáculos que até que tentemos superá-los. No ambiente de trabalho temos vários exemplos, como a suposição de que o chefe não vai aprovar, que a ideía não será apoiada por outro departamento, que contraria a política da empresa, que vai contra a maneira como as coisas sempre foram feitas, etc.

São obstáculos que podem ser derrubados mediante uma comunicação franca e leal. Até que tentemos transpô-lo é impossível ter a certeza, é tão eficaz em bloquear a criatividade quanto os anteriores, até que seja testado.

Mentalidade: É o mais difícil de ser superado. É o pensamento da pessoa, sua opinião a respeito e predetermina a interpretação e a resposta da pessoa a um desafio ou situação. É fruto de crenças, preconceitos e percepções não comprovadas.

Quando as pessoas acreditam que elas não conseguem, elas não conseguem. São obstáculos imaginários, mas fortemente alienantes e inibidores da criatividade. Geralmente, estes são os obstáculos mais comuns e que caracterizam as pessoas pouco criativas e de baixo desempenho.

Vamos comentar os modelos de Frank Navran, seguem sugestões para colocá-los em prática:

1.Inicie a reunião com a pergunta: “Quais são alguns dos obstáculos que estão impedindo a realização das coisas (melhoria da qualidade, da produtividade, do trabalho em equipe, etc) por aqui?”.

Defina o tema e deixe o grupo fazer o brainstorming das suas respostas. É recomendável apresentar ao grupo as regras de uma sessão de Brainstorming.

2.Escreva as respostas num flip chart sem editá-las, exatamente como foram faladas. Quanto mais repostas, melhor. Se as respostas ficarem lentas, faça algumas perguntas para estimular o grupo.

Pergunte, por exemplo: “Que tal as relações entre os departamentos?“.

3.Assim que tiver uma lista satisfatória, explique para eles o modelo de Gerenciamento de Bloqueios, descrevendo as quatro categorias.

4.Volte ao flip chart e peça ao grupo para categorizar cada um dos obstáculos listados.

As categorias especiais de anúncio do código brasileiro de auto-regulamentação publicitária.













Ainda sobre o Conar, quero citar uma das categorias especiais de anúncios: anúncios de produto de fumo!

O Conar analisa as características da mídia e verifica se ela não se enquadra a uma das normas éticas. Segue a lista dos “NÃOS” que devem ser respeitados para publicidade de fumo:

A publicidade sobre fumo não pode sugerir que o efeito seja calmante ou estimulante.
Não pode associar a imagem à sexualidade das pessoas;
Não pode induzir o fumante ao consumo exagerado sugerindo que o produto causa bem-estar.

Não poderá associar o produto à prática de esportes olímpicos.

Não poderá fazer qualquer apelo a menores de 18 anos, e se houver um personagem, este deverá aparentar mais de 25 anos.

É proibido o uso do imperativo que induza diretamente ao consumo.

Comentando um principio do Conar - Respeitabilidade








O que o código diz:

Artigo 19 - Toda atividade publicitária deve caracterizar-se pelo respeito à dignidade da pessoa humana, à intimidade, ao interesse social, às instituições e símbolos nacionais, às autoridades constituídas e ao núcleo familiar.

Artigo 20 - Nenhum anúncio deve favorecer ou estimular qualquer espécie de ofensa ou discriminação racial, social, política, religiosa ou de nacionalidade.

Artigo 21 - Os anúncios não devem conter nada que possa induzir a atividades criminosas ou ilegais - ou que pareça favorecer, enaltecer ou estimular tais atividades.

















Contextualizando:

Compromisso entre partes, confiança e sinergia mutua são aspectos de uma relação de ganha-ganha.

É fundamental estabelecer que todo cidadão é igualmente merecedor de respeito na sua expressão máxima, seja ele quem for, faça o que fizer.

E esse reconhecimento deve se dar de modo pleno e permanente, e em relação a todos, inclusive no âmbito da Publicidade e Propaganda.

E o que é código brasileiro de auto-regulamentação publicitária?
















Durante o III Congresso Brasileiro de Propaganda, realizado em São Paulo, no ano de 1978, foi aprovado por aclamação o CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTO-REGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA.

É o documento que, através de 50 artigos e 19 Anexos, disciplina as normas éticas a serem obedecidas pelos Anunciantes e Agências de Publicidade na elaboração de seus anúncios.

Ele é a base teórica das ações do Conar.

Afinal de contas, o que é o Conar? Como ele funciona?!







CONAR é o Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária - entidade formada por anunciantes, veículos e agências que administra o cumprimento do Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária. O CONAR é constituido como ONG, fundada e mantida pelas agências de publicidade, por empresas anunciantes e veículos de comunicação.

O Conar surgiu na década de 70 após uma ameaça do governo federal de sancionar lei que criava uma censura prévia à propaganda. Anunciantes, agências e veículos uniram-se para definir suas próprias normas de regulamentação em relação à publicidade feita no país.

A instituição atende a denúncias de consumidores, autoridades,associados,ou formuladas por sua própria diretoria,contra quem não respeite suas normas. Se o Conselho de Ética definir que a denúncia é procedente,o Conar recomenda aos veículos de comunicação a suspensão da exibição da peça publicitária em questão,ou sugere correções. Pode ainda advertir anunciante e agência.

Desde sua criação,o Conselho já instaurou mais de 4 mil processos éticos e promoveu um sem-número de conciliações entre associados em conflito. Nunca foi desrespeitado pelos veículos de comunicação e, nas poucas vezes em que foi questionado na Justiça, sempre foi vitorioso.

Vale lembrar que o CONAR não fiscaliza a propaganda política, pois ela é fiscalizada pelos Tribunais Eleitorais.

Em suma, O objetivo básico das normas definidas pelo Conar é colaborar no esforço da sociedade em formar cidadãos responsáveis,consumidores conscientes e difundir hábitos de vida saudável.

Preceitos éticos para PP de acordo com Conar




















Os preceitos do CONAR:

Artigo 1º Todo anúncio deve ser respeitador e conformar-se às leis do país; deve, ainda, ser honesto e verdadeiro.

Quer preceito maior que a honestidade, a integridade? Isto não deve somente reger a publicidade mas também deve ser valor substancial de nossa existência.

Artigo 2º Todo anúncio deve ser preparado com o devido senso de responsabilidade social, evitando acentuar, de forma depreciativa, diferenciações sociais decorrentes do maior ou menor poder aquisitivo dos grupos a que se destina ou que possa eventualmente atingir.

É preciso compreender os principais pilares da responsabilidade social:

• A necessidade de promover desenvolvimento sustentável, em nível global, ou seja, o uso dos recursos naturais pela nossa geração de maneira a que todas as futuras gerações possam usufruir, no mínimo, dos mesmos recursos;

• A ampliação dos públicos com os quais a empresa deve se preocupar em suas decisões, que passam a incluir todos aqueles que influenciam ou são influenciados pelos negócios da empresa.

• A verdadeira inclusão social e o amplo e universal respeito aos direitos humanos fundamentais, como o direito a alimentação adequada, à liberdade, à educação básica, à vida com dignidade, entre outros.

• A eliminação de qualquer tipo de discriminação de gênero, racial, ideológica, étnica, cultural, etc.












Os outros preceitos são:

Artigo 3º Todo anúncio deve ter presente a responsabilidade do Anunciante, da Agência de Publicidade e do Veículo de Divulgação junto ao Consumidor.

Artigo 4º Todo anúncio deve respeitar os princípios de leal concorrência geralmente aceitos no mundo dos negócios.

Artigo 5º Nenhum anúncio deve denegrir a atividade publicitária ou desmerecer a confiança do público nos serviços que a publicidade presta à economia como um todo e ao público em particular.

Artigo 6º Toda publicidade deve estar em consonância com os objetivos do desenvolvimento econômico, da educação e da cultura nacionais.

Artigo 7º De vez que a publicidade exerce forte influência de ordem cultural sobre grandes massas da população, este Código recomenda que os anúncios sejam criados e produzidos por Agências e Profissionais sediados no país - salvo impossibilidade devidamente comprovada e, ainda, que toda publicidade seja agenciada por empresa aqui estabelecida.














Comentando:

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Aquecimento global em poucas palavras.






















Calor excessivo, furações, enchentes, pestes... Não é um cenário dos mais otimistas, mas seremos obrigados a aprender a conviver com ele. Devemos tomar atitudes. Atitudes reais, firmes e em larga escala, começando pelo maior (culpado!) emissor de gases na atmosfera: EUA.

Reverter este quadro parece impossível e, provavelmente é, mas reduzir os impactos é o mínimo que podemos fazer.

Será preciso uma força conjunta, uma união nunca vista, uma conscientização mundial sem precedentes, por isso, comecemos logo antes que seja tarde demais.

Fabiana Miranda